Transplante de Fígado
O fígado é um órgão fundamental para o funcionamento do corpo, suas funções são: armazenamento de glicose, ferro e vitaminas, produção de proteínas, bile e colesterol, metabolização de toxinas, entre outras. Apesar de ser famoso pela sua capacidade de regeneração, algumas doenças podem causar danos irreversíveis ao órgão, comprometendo muito ou todo o seu funcionamento. Quando isto acontece, o transplante de fígado (total ou parcial) passa a ser uma opção.
Os pacientes que requerem um transplante de fígado são aqueles que tiveram o órgão completamente danificado, sendo a principal causa desses danos a cirrose hepática. A cirrose hepática pode ser consequência de diversas doenças, como as hepatites virais, esteatose hepática e álcool, entre as principais. Outro motivo comum de transplante hepático é a presença de câncer de fígado. Nesta situação o tamanho e o número de tumores contam na decisão de realizar o transplante.
O tempo entre a inscrição na lista de transplante hepático e o procedimento depende da gravidade do paciente (MELD – cálculo matemático que avalia a mortalidade do paciente com cirrose), do tipo sanguíneo e da quantidade de doadores, dentre outros. O seu médico irá orientá-lo sobre o processo.
A forma que o transplante é realizado depende do tipo de doador. Nos casos de morte cerebral do doador, o fígado é retirado e preservado durante o transporte até o hospital no qual o receptor está. Nos casos de doadores vivos, uma parte do lobo esquerdo ou do lobo direito do fígado é tirada de um doador adulto e colocada no receptor. O procedimento dura geralmente entre 3 e 6 horas. Após o procedimento o paciente recebe medicamentos para evitar a rejeição.
O transplante de fígado pode gerar algumas complicações, as principais são a rejeição do órgão pelo corpo do receptor, infecções devido a vulnerabilidade do paciente após o procedimento e a falha no funcionamento hepático.